web counter
cristoraul.org " El Vencedor Ediciones"
 

A CRIAÇÃO DO UNIVERSO SEGUNDO O GÉNESIS . UMA INTRODUÇÃO À COSMOLOGIA DO SÉCULO XXI

 

SEGUNDA PARTE.

CRIAÇÃO DO FIRMAMENTO DOS CÉUS

 

CAPÍTULO 8

RECAPITULAÇÃO GEOHISTÓRICA

 

68. A surpresa de descobrir essa seqüência de acontecimentos geo-históricos em que os gênios do mundo moderno julgaram não haver nada além da imaginação acalorada e fanática de uma mente em estado febril religioso (uma seqüência perfeitamente científica em sua abordagem e desenvolvimento) não deve desviar nosso olhar da série completa de fatos sobre os quais, para facilitar a visão geral do conjunto, passei de leve. Recapitulemos:

69. Um: Multiplicação controlada da densidade por unidade cúbica astrofísica do campo gravitacional terrestre. A origem dessa Multiplicação Controlada, disse eu, é a Natureza do Ser Divino.

70. Dois: Aceleração vertical das rotações de trabalho do transformador geonuclear da Terra. Daí derivou a aceleração rotacional do Globo sobre o seu eixo, e a implosão astrofísica do Núcleo na origem do calor do Planeta.

71. Três: Elevação termodinâmica global do corpo geofísico, que desde o Manto se estendeu à superfície e produziu a Fusão Primária da Crosta.

72. Quatro: Liquefação da Crosta Primária sob os efeitos da fusão do Globo exterior e produção da Atmosfera Primordial. (A natureza química da Atmosfera da Terra, sui generis entre as da sua família planetária, coloca-nos um problema alternativo que não abordarei aqui, mas ao qual voltarei oportunamente).

73. Cinco: Terminada a transformação do combustível gravitacional em calor, a Terra voltou às mãos da Natureza, com as suas novas mudanças conformes à lei da Inércia.

A. Desaceleração das rotações de trabalho do transformador geonuclear.

B. Queda da velocidade de rotação do Planeta.

C. E diminuição da temperatura do Globo.

Estes foram os três primeiros efeitos visíveis.

74. Seis: estes três efeitos foram a causa de uma nova sequência de efeitos. O primeiro destes novos efeitos foi o arrefecimento da superfície exterior do Globo, que ipso facto lançou a pedra basilar para a criação do anel geofísico exterior, a Litosfera.

75. Sete: Podemos também falar de solidificação da crosta secundária. Em todo o caso, isto é uma questão de gosto. Quando aprofundarmos a questão, teremos tempo para as diferenciar. Avançando no assunto, digamos que a Litosfera é para o Globo o que a Crosta Secundária é para a Litosfera. Em suma, a Crosta Secundária é a camada exterior da Litosfera. A Crosta Secundária foi, portanto, a primeira camada litosférica a solidificar-se.

76. Oito: O contínuo abaixamento da temperatura geofísica para o seu antigo estado inicial, que nunca alcançaria, provocou a solidificação da Crosta Secundária, como já disse, e a criação do anel litosférico. A Arquitetura Geofísica continuava a completar o seu corpo com o nascimento do segundo anel, o Manto, cujo arrefecimento iria cortar a fonte de calor de onde a atmosfera primordial tinha até então retirado para preservar o seu estado natural.

77. Nove: O arrefecimento do Globo, do exterior para o interior do Globo, transformaria logicamente o anel litosférico numa parede de anulação da transferência de calor do Núcleo para a Atmosfera.

78. Dez: Isolada termicamente do Núcleo, a temperatura da Atmosfera despencou na velocidade vertiginosa que o isolamento impunha. O seu volume congelou. O resultado foi a transformação da Atmosfera na Mortalha de Gelo que cobriu a esfericidade do Planeta, do pólo norte ao pólo sul, durante a Tarde do Primeiro Dia. Como já disse antes, esse Manto de Gelo é a Luz na Palavra do Primeiro Dia.

79. Esta é a sequência que temos estado a percorrer alegremente. À medida que avançamos, deixei factos específicos que dão a estatura da Inteligência Criadora, e o seu domínio das ciências do espaço, do tempo, da matéria e da energia. Um domínio cognitivo que é como um campo no qual se enraíza a Árvore da Ciência da Criação. É sobre estes factos que nos debruçaremos durante algum tempo na secção seguinte.

 

CAPÍTULO 9

PRIMEIRA LEI DO COMPORTAMENTO DO UNIVERSO

 

80. Deus aplicou ao sistema geofísico a primeira das leis que regem o comportamento do Universo: a transformação da energia gravitacional em luz e calor. Sendo esta primeira lei o princípio geral sobre o qual Deus construiu a Arquitetura dos Céus, é graças à sua manifestação no espaço local que a geometria do nosso Universo se mantém constante ao longo do tempo. Sei que é um pouco precipitado afirmar uma coisa tão forte, mas, à medida que avançarmos, a imagem que os resultados aqui apresentados pretendem transmitir à nossa inteligência abrir-se-á até que a magnitude da sua beleza se revele a cores.

81. Isto posto, a aplicação ao sistema geofísico da primeira lei do conjunto que rege a Física dos Céus leva-nos a interessarmo-nos pelas reacções que corpos estelares com propriedades diversas põem em ação perante um mesmo fator externo, como poderia ser a entrada de uma corrente de energia no interior do seu sistema, como uma corda gravitacional intergaláctica que ao atravessar os abismos arrasta toda a matéria solta que encontra no seu caminho.

82. As explicações a que possamos chegar terão sempre neste Acontecimento Histórico (multiplicação da densidade gravitacional do campo terrestre) o seu ponto de partida. São as suas derivações que nos levam a formular a relação entre a energia universal e a matéria astrofísica no quadro da produção de luz e de calor, as duas consequências visíveis mais directas que chegam aos nossos sentidos. Por produção de luz entendo todo o espetro das radiações estelares que estão na origem da energia cósmica. A importância desta relação energia gravitacional-matéria estelar será descoberta nos capítulos seguintes. De momento, ater-me-ei aos factos, tomando sempre a Multiplicação da densidade original do campo gravitacional como plataforma de partida desta Nova Cosmologia.

83. Observámos (e isto foi feito porque se inferiu dos efeitos finais a sua causa primeira) que, duplicando a densidade cúbica astrofísica, ou seja, a quantidade de energia presente num campo gravitacional, neste caso o de um planeta, e mais concretamente o da Terra, a produção de calor do transformador astrofísico é multiplicada por esse múltiplo. Se estivéssemos a falar de um transformador estelar, a primeira consequência visível manifestar-se-ia na intensidade da luz produzida. No caso que o nosso Criador nos apresenta, o calor é a consequência direta, dependendo da natureza do transformador em que Deus trabalhou. (A gama de transformadores astrofísicos ultrapassa a nossa imaginação. Dentro do horizonte que se abre diante de nós, é de supor que essa gama compreenda fontes de raios gama, raios X e raios de natureza indefinível para o nosso curto alcance de conhecimento do Cosmos. E, finalmente, como é que nos atrevemos a colocar cercas à volta daquilo que não tem fim?)

84. As perguntas são: o que aconteceria se, em vez de Deus controlar o processo de transformação da energia de um sistema astrofísico em luz e calor, estivéssemos nas fronteiras dos Céus e, por qualquer causa externa, um sistema estelar binário ou múltiplo sofresse uma multiplicação descontrolada da densidade do seu campo gravitacional? Por outro lado, o que aconteceria se a taxa de transformação do campo gravitacional em luz ou qualquer outro tipo de fonte de rádio excedesse a taxa de transferência de energia de um sistema para outro? Não teríamos de começar a corrigir as nossas hipóteses sobre a origem das novas e supernovas?

85. Eis outra: as flutuações da intensidade da luz das estrelas e as variações dos seus períodos e ciclos orbitais não são um apelo à nossa inteligência para nos abrir a mente à identificação do universo como um oceano de energia em cujas águas flutua a matéria? Não é maravilhosamente curioso que, falando de si próprio e recordando aqueles dias, Deus nos tenha dito: "que pairava sobre a superfície das águas"? Pessoalmente, não tenho dúvidas quanto à identificação do campo gravitacional universal com um oceano de energia onde existem correntes que funcionam como canais de transferência da gravidade de uma zona para outra, mantendo Deus, por este sistema de irrigação, a Geometria da Sua Criação em perfeito estado de equilíbrio. Mas a questão que propus acima tem a ver com a relação do nosso universo-galáxia com o cosmos exterior, com o reino das galáxias.

86. A questão era saber o que acontece quando uma corrente extra-local irrompe no perímetro dos nossos Céus e desequilibra uma zona, quer pela multiplicação da soma total das energias presentes, quer pela aceleração instantânea das revoluções de trabalho da matéria astrofísica. Através desta revisão, a ideia é recuperar o efeito de rotação acelerada que a Terra experimentou quando Deus multiplicou a densidade do seu campo gravitacional, efeito do qual se extrai uma lei de regularidade direta entre o processo de produção de calor e a velocidade de rotação do transformador astrofísico. A ideia leva-nos a ver que quando uma estrela é levada a uma rotação instantânea acelerada, o efeito deve dar-nos por sequência a criação de uma Nova, ou de uma Supernova se o corpo afetado pela multiplicação instantânea das suas rotações de trabalho for um sistema múltiplo. A seu tempo, entreter-nos-emos também com a radiografia deste processo de produção de novas e supernovas.

 

CAPÍTULO 10

E A PALAVRA É DEUS

 

87 E agora recuperamos o fio que o nosso Criador estendeu diante de nós, que sempre existiu, mas que Ele, em Sua Presciência, permitiu que ficasse na escuridão até que a Inteligência da nossa Civilização abrisse seus ouvidos para a Linguagem da Ciência da Criação. Dito isto, o resumo sequencial dos acontecimentos históricos que Deus realizou nesse Primeiro Dia pode ser deixado como se segue:

A: Multiplicação da densidade do Campo Gravitacional da Terra (esta questão da multiplicação por Deus do volume de energia de um dado sistema astrofísico, que está na base da própria Criação, é uma questão que resolvemos assumindo a natureza do próprio Criador, natureza essa que Lhe permite ser a fonte fundamental de energia de que bebe o oceano cósmico).

B: Elevação vertical ascendente da taxa de trabalho do Transformador Central Geofísico (A existência de uma correspondência inata entre a densidade gravitacional e a rotação estelar está na base da luz e da sua intensidade).

C: Derretimento do Manto e liquefação vulcânica da Crosta Primária (Deixei à inteligência natural do leitor fazer a ligação entre a causa primeira e os efeitos finais).

D: Produção da Atmosfera Primordial "clássica". (Ao falar de "clássica" tenho em mente a típica atmosfera planetária, rarefeita, caótica, como a encontrada nos outros planetas do nosso Sistema). 

E: Arrefecimento do Núcleo e solidificação da Crosta Secundária, ou Litosférica (Esta foi a origem da Crosta Secundária. Nela e durante o arrefecimento Deus agiu olhando para a formação do Substrato Autónomo Ecosférico, sobre o qual ainda não disse nada, mas sobre o qual algo será dito. De qualquer modo, existem as cristas oceânicas como provas das forças de arrastamento que Deus pôs em ação, de cuja solidificação se pode deduzir o momento em que Deus elaborou a geografia dos continentes. A lógica mais elementar impõe o seu critério e supõe que um estado semi-líquido é o momento ideal para deslocar uma parte da sua matéria da superfície do corpo semi-sólido, tal como faz quem trabalha o barro e depois expõe a figura resultante ao forno. Neste caso, o efeito de forno foi assumido pelo processo de solidificação acelerada que a Crosta Secundária tinha empreendido. A razão pela qual Deus abriu o hemisfério atlântico faz parte da Arquitetura Geofísica que está na base da Criação do Plano Biosférico, sobre a qual diremos o que for necessário daqui a pouco. O facto é que as forças de arrastamento que criaram o Canal Atlântico e deram origem às cristas médio-oceânicas deixaram os seus vestígios à medida que a camada litosférica da crosta se solidificava. E aí estão eles como testemunho da existência da atividade criadora que trabalha as plataformas continentais. Não quero dizer nada sobre como esta criação afecta a teoria da tectónica de placas. Para além da Teoria do Plano Biosférico, colocarei em cima da mesa uma prova suplementar contra o modelo geofísico que o século XX impôs como regra).

F: Sublimação da Atmosfera Primordial (disse que quando a litosfera isolou a atmosfera primordial do Núcleo: arrastada pela queda de temperatura a atmosfera congelou, sublimou, e o resultado final foi a sua transformação num Lençol de Gelo, que, tal como o mar de lava o fez antes, cobriu a esfericidade da Terra do Pólo Norte ao Pólo Sul, de Este a Oeste).

88. Esse manto de gelo que envolveu o planeta na noite desse dia foi a Luz que saiu dos lábios do nosso Criador, quando Ele disse: "Faça-se a luz". E assim aconteceu. E assim foi. O contrário teria sido absurdo. A Dúvida Descartiana como método de relacionamento entre a Inteligência do Criador e a da Criatura não é um método, é um muro de separação, uma cerca que limita as possibilidades e capacidades da Ciência de crescer na direção da Omnisciência Criadora. Se antes entendia por Omnipotência a faculdade criadora de reduzir o tempo de trabalho de um processo à sua expressão mínima possível, entendo agora por Omnisciência o domínio que, na Sua Sabedoria, Deus exerce sobre todas as ciências da matéria, do espaço, do tempo e da energia. E, ao fazê-lo, incluo na Sua lista as ciências que operam em diferentes universos, sobre as quais nada podemos dizer, exceto maravilharmo-nos com o Seu conhecimento infinito.

 

CAPÍTULO 11

CRIAÇÃO DO FIRMAMENTO

 

89. Assim, tendo em conta o estado da Terra no final do Primeiro Dia, o Globo Geofísico envolto naquele Manto de Gelo a que o seu Criador chama "a Luz", à distância a visão do nosso Planeta era a de uma imensa bola de gelo a flutuar no Abismo, como a visão de um enorme ovo cósmico chocado nas Trevas. A sequência geo-histórica seguinte que Deus tinha em mente era a seguinte:

90. Deslocamento da Terra da sua região de origem para o seu lugar final nos Céus. (Esta localização da região de origem da nossa Terra será um problema a ser resolvido nos capítulos seguintes. A necessidade de alertar o leitor para o fator descrença que a localização suscitará sugere-me isso mesmo. Também a este desafio responderei com elegância e serenidade).

91.  Lançamento da Terra no Sistema Solar e acoplagem na sua terceira órbita.

92. Sublimação do manto de gelo. (Por sublimação do gelo entende-se a passagem da matéria do estado sólido para o estado gasoso sem passar pelo estado líquido. Neste caso, seria o inverso do processo de sublimação dos gases. Se no Dia anterior vimos como Deus conseguiu baixar a temperatura do Globo até ao ponto crítico de sublimação da sua Atmosfera, neste novo Dia vamos ver o processo inverso. O meu conselho é que abram os olhos da inteligência e se preparem para compreender as maravilhas. E como sempre, se alguma objeção saltar à vista, não há que preocupar-se demasiado, tudo se resolverá).

93.  Rutura do manto de gelo em dois blocos e recuo em direção aos pólos geográficos (este recuo dos dois blocos de gelo em direção às calotes polares é um período geohistórico que a geologia clássica, partindo de uma plataforma diferente, semeou na mente de todos. Recordo aqui que a Ciência é o ABC da linguagem da Criação. A outra, que pretende modelar o Universo e a sua História à medida da omnipotência da Razão humana, é um exercício de vaidade sobre o qual não vou dizer nada agora. Tanto a Ciência como a Teologia permaneceram até hoje sujeitas à escravidão imposta pela Necessidade da Queda. Não é de uma tribuna de acusação e condenação que devemos analisar as teorias e os estados intelectuais pelos quais passaram tanto a Fé como a Razão. Se calhar, se tivéssemos calçado as botas de qualquer um dos que nos precederam, teríamos feito o mesmo que eles fizeram. Por isso, neste Dia da Alegria, não nos tornemos sérios).

94.  Nascimento do Oceano e Formação da Atmosfera Biosférica (Esta Atmosfera é o Firmamento na Palavra do Segundo Dia. Entramos agora na sua seqüência geo-histórica. Antes que a aurora deste Segundo Dia se inicie e a História se aproxime um pouco mais de nós, penso que não é má ideia refletir sobre o lugar onde Deus criou a Luz. Sei que muitas pessoas vão abanar a cabeça e ficar sem palavras. Pois bem, basta abrir o Evangelho e ver o que o seu Filho estava a fazer para ficarmos espantados com a surpresa).

 

TERCEIRA PARTE

CRIAÇÃO DA ESCADA DE ELEMENTOS NATURAIS

 

 

A VERDADE GERARÁ A JUSTIÇA E O FRUTO DA JUSTIÇA SERÁ A PAZ.