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CRISTO RAUL DE YAHWEH E ZION

A CRIAÇÃO DO UNIVERSO SEGUNDO O GÉNESIS . UMA INTRODUÇÃO À COSMOLOGIA DO SÉCULO XXI

 

PARTE CINCO. CRIAÇÃO DA ECOSFERA

 

CAPÍTULO 16

SUBLIMAÇÃO DA CAMADA DE GELO

 

143. Há duas maneiras de fazer as coisas. Uma consiste em deixar atuar a lei do tempo e a outra em apressar o desenvolvimento de uma ação com os meios de que se dispõe. Sujeito à lei do tempo, o manto de gelo teria respondido à energia solar derretendo-se, ter-se-ia dividido em dois e, com o tempo, as duas barras de gelo teriam recuado em direção às calotes polares. As águas do primeiro grande oceano ter-se-iam evaporado. Lentamente, mas com segurança, o oceano ter-se-ia dividido para se multiplicar; dos oceanos teriam surgido os mares.... Mas Deus conhecia uma maneira mais rápida de desenvolver este processo global: porquê derreter o manto de gelo a baixa temperatura quando podia provocar, por integração através da rota boreal, o efeito do ferro em brasa contra uma barra de gelo? Chamamos a este efeito Sublimação do Gelo. O efeito imediato do encontro Terra-Sol nas condições expostas determinou a sublimação acelerada do manto de gelo. A energia solar transformou o ferro em brasa aplicado diretamente na pele do manto. (Quando digo "condições expostas" refiro-me à parábola de acesso, que determinou que a Terra estivesse durante algum tempo a uma distância menor do que a natural da sua órbita estacionária).

144 - Eu já disse que a atração gravitacional solar veio como consequência do efeito contrário que impulsionou a Terra para a sua órbita biosférica. E que, em consequência dessa atração, que era o produto do acoplamento magnético entre os dois campos, os pés das grandes cadeias de montanhas foram libertados pela raiz. Talvez elevação seja a palavra correcta. A libertação foi promovida pelo aquecimento do edifício geofísico. Recorde-se que, à medida que o manto arrefecia, o anel litosférico solidificava, deixando a placa de contacto fundida num único corpo. Quando a Terra entrou no Sistema Solar, o núcleo aqueceu, o diâmetro do manto alargou-se e a pressão térmica criou as ondas naturais de um movimento de expansão do centro para o exterior do corpo geológico. Este movimento não foi suficiente para lançar as cadeias montanhosas contra uma litosfera exterior encerrada sob um manto de gelo que, se exteriormente estava a ser sublimado, internamente permanecia no seu estado original.

145. A solidez do manto de gelo reflectiu-se na acumulação de calor no interior da Terra. Esta acumulação começou a provocar um movimento sísmico generalizado que, a partir do manto e numa série ininterrupta de sequências termonucleares, aqueceu a crosta, abrindo caminhos para a libertação do calor que ameaçava desintegrar todo o edifício. A fusão entre a camada superior do manto e a camada inferior da crosta quebrou assim a pressão térmica e começou a levantar os pés das cadeias montanhosas, em torno de cujos corpos o calor geonuclear encontrou linhas de água exteriores. Assim, se na zona exterior a energia solar fazia a sua ação, abaixo dela a energia geofísica fazia a sua, fendendo o Manto de Gelo, por cujas fendas os gases começaram a escapar e a contribuir para a criação da Atmosfera em curso.

146. A distância do Sol travou a sublimação e deu lugar ao degelo da Plataforma de Gelo. A pressão do calor externo e interno sobre o gelo resultou no descongelamento do gelo em água. Este processo, dada a temperatura do globo, deu origem a um oceano que cobriu o equador e as regiões tropicais, e continuou a empurrar os dois grandes blocos de gelo em que o bloco original estava dividido em direção aos pólos geográficos. As Águas desse Oceano Mãe eram as Águas abaixo do Firmamento dos Céus. E o Firmamento dos Céus, que estava entre as águas abaixo e acima do seu corpo, era a Atmosfera.

147. Identificação do Firmamento que nos resolve muitas coisas. Primeiro: Sendo as águas abaixo do Firmamento as águas do Oceano Mãe, as águas acima desse Firmamento são as águas do campo gravitacional solar. Um ponto que revela a necessidade de abordar o comportamento da gravidade a partir da natureza dos fluidos. Isto dá origem à imagem do Universo como um oceano de energia sobre o qual flutuam os continentes com as suas ilhas, que neste caso seriam os sistemas astrofísicos. Um oceano de energia sobre o qual é preciso dizer mais, mas que por agora abre o horizonte para a compreensão do comportamento do campo gravitacional à imagem da fenomenologia típica de um fluido exposto a forças internas e externas.

148 Resumindo: A Luz foi o manto de gelo sob cujo corpo se encerrou o resto do edifício geofísico no final do Primeiro Dia. A sua criação foi feita pela fusão da Crosta Primária; e a fusão dessa Crosta Primária foi aberta por Deus, acelerando a pulsação geonuclear do Globo. Essa elevação do ritmo de trabalho do coração astrofísico da Terra foi a conseqüência da multiplicação da densidade do campo gravitacional terrestre por unidade cúbica astrofísica.

149 No início do Segundo Dia, a Terra e o Sol voltam a encontrar-se. Deus cria uma série de efeitos, dos quais a sublimação do manto de gelo será o primeiro. O Manto se rompe e nasce a Atmosfera, cujo crescimento vai bater com uma impressionante aceleração física o puxão gravitacional na origem da órbita estacionária. Os dois blocos de gelo resultantes iniciam a sua viagem em direção aos pólos geográficos, deixando entre eles as águas do Oceano Mãe, de cujo volume o corpo da Atmosfera continuará a ser alimentado por evaporação. Esta Atmosfera é o Firmamento na Palavra do Segundo Dia.

150 Com o Firmamento identificado, o movimento do espírito de Deus sobre as Águas se resolve como seu movimento no Espaço. E entramos no comportamento da Gravidade, que podemos compreender a partir do nosso conhecimento da natureza dos líquidos. Isto abre a nossa inteligência à compreensão do campo gravitacional universal como um oceano no qual os sistemas siderais se apresentam como continentes e ilhas, permitindo a navegação sideral através do seu posicionamento no espaço galáctico local.

151. Fogo, Gelo, Água e Ar. Estes são os primeiros degraus da escada dos elementos naturais que estamos a subir. O próximo que virá não precisa de apresentação. Resumindo e concluindo: A.- Fusão da Crosta Primária. B.- Sublimação da Atmosfera Primordial. C.- Degelo e remoção do gelo. D.- Formação da Atmosfera Biosférica.

 

CAPÍTULO 17

CRIAÇÃO DO PLANO DE INTER-RELACIONAMENTO BIOSFÉRICO

 

152. Encerrámos a subida da escada dos elementos naturais e abrimos um novo caminho. O gelo, a água, o ar, todos os elementos estavam a postos e prontos para o grande acontecimento do salto da matéria inorgânica para a matéria orgânica. (Nessa altura a Razão e a Fé perderam o rumo e seguiram caminhos tão opostos quanto suicidas. Falando da Evolução das espécies, o sábio bíblico por excelência lançou a pedra na água, dizendo: "E para exercer a justiça neles, os elementos concordaram entre si, como no saltério os sons concordam em harmonia inalterável, como se pode ver claramente pelos acontecimentos. Pois os animais terrestres transformam-se em animais aquáticos, e os que nadam andam em terra". Palavras observadoras de um homem que não hesitou em lamentar a solidão do génio noutros lugares, mas que, no seu auge, não hesitou em antecipar-se ao espírito científico e afirmar que Deus lhe deu "a verdadeira ciência das coisas, e o conhecimento da constituição do universo e do poder dos elementos; o princípio, o fim e o meio do tempo; as alternâncias dos solstícios e as mudanças das estações; o ciclo dos anos e a posição dos astros; a natureza dos animais e os instintos das feras; a força dos ventos e os raciocínios dos homens; as diferenças das plantas e as virtudes das raízes. Eu sabia tudo o que estava escondido e tudo o que era manifesto, porque a Sabedoria, a arquiteta de todas as coisas, me ensinou". É de crer que se a Fé e a Razão tivessem escutado com mais humildade esta confissão de Salomão, a inimizade entre o Cristianismo e a Ciência não teria chegado aos extremos que chegou nas primeiras décadas do século XX). Voltando ao tema da Evolução da árvore da vida, a primeira coisa são as raízes. É aí que a árvore começa a germinar. Mas para haver uma árvore tem de haver uma semente. Partindo do princípio de que a Célula Mãe, a Semente da Vida, teve a sua origem em Deus, deduz-se das sequências bio-históricas que estamos a seguir que a semente da árvore das espécies foi lançada por Deus sob as águas do Grande Oceano. E, portanto, as plantas surgiram primeiro. Desse reino vegetal subaquático, por adaptação dos primeiros ramos à vida terrestre, à medida que o nível das águas do Grande Oceano descia, surgiu a árvore das espécies vegetais terrestres. A evolução desse novo reino completou-se quando a fotossíntese transformou a composição química da atmosfera.

153. Esse passo bio-histórico ocorreu durante a noite do Terceiro Dia. Já vimos como, após a rutura do manto de gelo, os dois blocos resultantes começaram a recuar em direção aos pólos, e como a evaporação do oceano, no decurso do levantamento das cadeias montanhosas pela atração gravitacional, produziu a multiplicação do oceano em oceanos e a divisão dos oceanos em mares. Assim, à medida que o nível da água baixava, as plantas marinhas adaptaram-se à vida em terra, acabando por transformar a atmosfera pré-histórica na atmosfera histórica com o oxigénio como elemento principal. Simultaneamente, e na necessária adaptação à revolução que o mesmo reino vegetal estava a produzir, a fibra vegetal pré-histórica do substrato subaquático adquiriu as propriedades das árvores terrestres históricas. Com a criação do reino das árvores, Deus fechou a estrutura do Plano de Inter-relação Biosférica. Um plano sobre o qual me deterei por um momento antes de descolar do solo e lançar este relato no espaço.

154. A autonomia do Plano de Inter-relação Biosférica pode ser resumida dizendo que as calotas polares foram estabilizadas para serem os dois principais focos de arrefecimento térmico do sistema ecosférico. São focos dos quais Deus fez depender o equilíbrio térmico da Biosfera e que, para estabilizar o degelo dos dois focos de arrefecimento térmico, Deus fez depender do ângulo de rotação do globo. Mas vamos dar um passo de cada vez.

155 Imaginemos, por um segundo, que a Terra era plana e se mantinha sempre à mesma distância do Sol. O que aconteceria? De quanto tempo precisaria o Sol para aquecer os oceanos até à ebulição e fazer dos oceanos uma placa de água a ferver? E em quantas horas geológicas a atmosfera perderia o seu equilíbrio termodinâmico e toda a sua arquitetura explodiria em pedaços, porque o ângulo de rotação da Terra não tinha um mecanismo de regulação? Calculemos quantos anos seriam necessários para que a temperatura dos oceanos e da atmosfera subisse dez graus na ausência das duas fontes de arrefecimento polares. Como é que este aumento de temperatura afectaria a vida marinha? Se uma onda de calor mata seres humanos, quantos morreriam por ano se a onda de calor continuasse e, pior, ameaçasse subir mais dez graus nos próximos vinte anos, por exemplo?

156. O que está a acontecer há milhões e milhões de anos é o contrário. Os termo-refrigeradores ecosféricos mantiveram-se constantes, mantiveram a temperatura biosférica estável, sempre no pressuposto de que, à medida que a sua massa diminuísse, a temperatura global aumentaria necessariamente. Mas ao tornar a temperatura da biosfera dependente dos termo-refrigeradores polares, o nosso Criador foi obrigado a dar-lhes uma plataforma geofísica. A esta plataforma chamarei Substrato Ecosférico Autónomo e tem a ver com as equações que estão na base da imutabilidade do ângulo de rotação da Terra.

 

CAPÍTULO 18

O SUBSTRATO ECOSFÉRICO AUTÓNOMO

 

157 Temos a Terra a girar em torno do Sol. Vimos que a estabilidade termodinâmica da biosfera foi feita por Deus para depender das massas polares. Agora temos de estudar a mecânica da manutenção das calotas polares, pois tudo leva a crer que a temperatura e o ângulo de rotação estão em relação direta, e no entanto a Terra orbita dentro de um campo gravitacional sujeito às alterações que a partir do astro central transformam o espaço interplanetário, em virtude da sua inter-relação com o mundo sideral a que pertence. Isso provoca uma dinâmica rotacional instável nos planetas, reflexo do arremesso do Sol (o arremesso do Sol significa que seu ângulo de rotação parece caminhar como um bêbado e, como o corpo do bêbado caminha da esquerda para a direita, da mesma forma seu eixo geográfico ora gira para a direita, ora para a esquerda. Este movimento reflecte-se com especial intensidade na rotação de Marte e deve, por natureza, ser natural ao eixo da Terra. Se a inclinação do ângulo de rotação planetário é a regra, a Terra é a exceção à regra. A importância desta constante dinâmica é vital se nos lembrarmos que a temperatura e o ângulo de rotação estão em relação direta). A sujeição do nosso planeta à lei do arremesso solar, cuja causa teríamos de abordar noutro capítulo, alternaria a área de incidência da energia solar na geografia continental, com o consequente efeito de degelo irregular das calotes polares. Mas isso não acontece, e daí a pergunta: Por que a Terra oferece sempre ao Sol o mesmo ângulo de rotação?

158. Esta singularidade tem uma explicação. A lei que rege a queda do eixo de rotação para um ou outro hemisfério de um corpo que gira em torno de si mesmo tem a resposta. A experiência não falha. A realidade quotidiana oferece-nos vários exemplos da natureza e dos efeitos aplicáveis desta lei. A sua descrição não é complicada. Pensemos: o que aconteceria se rodássemos com os braços abertos, segurando numa mão uma enciclopédia? O braço carregado não cairia na direção natural do peso que segura? Em suma, não há nada escrito sobre os exemplos como há sobre os gostos. Uma vez compreendida a natureza da lei e o efeito a que dá origem, cada um pode inventar o seu. Uma vez compreendida a lei em toda a sua extensão, o que temos agora de fazer é aplicá-la à realidade do Globo Terrestre. Basta pegar num globo, colocá-lo em cima da mesa e parar para observar este exemplo da enciclopédia numa mão com o fenómeno da concentração dos continentes num hemisfério. Não está toda a massa continental agrupada num hemisfério? O outro hemisfério é ocupado pelas águas do Pacífico. Já temos a enciclopédia num braço da Terra, que efeito teremos se pegarmos agora no globo terrestre e começarmos a rodá-lo sobre o seu eixo?

159. Este efeito de diminuição do ângulo de rotação em direção ao hemisfério sobrecarregado é exatamente o que Deus pretendia ao carregar a massa pentacontinental num hemisfério. O efeito final que Ele produziu foi um ângulo de rotação fixo. Porquê? Bem, a necessidade de estabilização do Plano Biosférico de Inter-relação foi uma causa de primeira ordem. A criação de uma plataforma termodinâmica estável era uma necessidade da Evolução. Graças à concentração pentacontinental num hemisfério do planeta, Deus tornou possível que a zona de incidência que o Globo apresenta à energia solar fosse sempre a mesma. Graças a esta constância ótica, a curva de crescimento da temperatura biosférica e, portanto, do degelo das calotas polares estaria sujeita a um ritmo estável durante todas as eras geológicas. (São conclusões super-simples e naturais que, para os defensores da tectónica de placas, por exemplo, devem parecer uma heresia. Mas o que é que se pode fazer? Nada está escrito sobre os gostos, nem toda a gente pode ser feliz).

 

CAPÍTULO 19

TEORIA DOS ANÉIS GEOFÍSICOS

 

160 Já disse que, estabilizando o ângulo de rotação do globo terrestre pela deslocação da massa continental sobre um hemisfério, Deus obteve um ângulo constante de incidência da luz solar sobre os pólos geográficos. Desse efeito, ele esperava obter o degelo gradual que daria à evolução da árvore das espécies o tempo necessário para ser levada a termo. E sublinhei que esta versão arquitetónica colide, evidentemente, com a famosa hipótese da deriva continental. Mas não podia ser de outra forma. A deriva continental não pode explicar a constância do ângulo de rotação; pior, contradiz a sua existência. Para além, obviamente, de não poder satisfazer nenhuma das incógnitas que a estrutura e a morfologia da litosfera apresentam. Negar as incógnitas para impor a ficção à ciência foi, infelizmente, a atitude que, no seu ateísmo, a época moderna adoptou como filosofia.

161. Passando à frente das discussões barrocas, e partindo da materialização da matemática do Substrato Ecosférico Autónomo, digamos que a arquitetura geofísica a que Deus deu o seu aval configura-nos uma estrutura em que a Litosfera é um anel compacto girando uniformemente sobre um anel magmático, líquido. O anel magmático ou Manto, por sua vez, flutua sobre um anel cromosférico. E no centro, a microestrela que compõe o Núcleo, pendula dentro das correntes gravitacionais que lhe servem de órbita. Nesta configuração, o pormenor da igualdade de temperatura entre a superfície do Núcleo e a do Sol não é uma coincidência. Nem o facto de, ao manter constante a temperatura litosférica, os oceanos se comportarem como as águas do rio de que o reator nuclear necessita para manter a sua temperatura em equilíbrio. (Quanto à igualdade de temperatura entre a superfície do Núcleo e a do Sol, não se sabe se é verdadeira para todos os membros do Sistema ou apenas para a Terra. Se for verdade apenas para a Terra, é possível chegar a uma lei de interação entre a estrela e o planeta que confirme esta regra de igualdade para todos os sistemas biosféricos. O tamanho da estrela e a temperatura da sua superfície determinariam a distância ao planeta em causa. Embora, atualmente, isto não passe de conversa fiada, a igualdade dada não implicaria uma paridade entre os ciclos termodinâmicos do Sol e do Núcleo? Neste caso, o importante não é tanto determinar, mas captar a interação entre o Sol e a Terra).

162. Dito isto, dir-me-ão então que o que proponho é uma espécie de engrenagem de rolamentos em que o anel magmático desempenha as funções das esferas sobre as quais se move a roda externa. E tem toda a razão. Objetar-me-ão então que, neste caso, é necessário explicar como é que esta panela de pressão não rebenta. Trata-se de uma questão subtil, que é mérito vosso, e à qual podem dar resposta a partir da visão quotidiana do sistema de flutuação térmica interna dos vulcões. As linhas de flutuação térmica geonuclear não são constantes e não são marcadas pela circulação de correntes electromagnéticas?

 

CAPÍTULO 20

TEORIA DO SISTEMA SÍSMICO FLUTUANTE

 

163 Embora possa parecer um exercício gratuito, comecemos de novo. No primeiro Dia, o nosso Criador duplicou a densidade de energia por unidade cúbica astrofísica do campo gravitacional da Terra. A resposta do Núcleo, na altura em estado frio, foi ativar-se e proceder à transformação desse fornecimento em calor. Imediatamente o manto liquefez-se e a crosta primária derreteu-se. Estas acções fizeram com que o Núcleo voltasse a arrefecer, de modo que a Crosta solidificou e se transformou no anel geofísico a que chamamos Litosfera. Se a Terra tivesse permanecido na região onde esses trabalhos foram efectuados, o arrefecimento do seu Núcleo teria arrastado o Manto para a solidificação. A Bíblia diz que isso não aconteceu porque Deus separou a Terra da sua região de origem e introduziu-a num campo gravitacional de densidade estável, o Sistema Solar.

164. Uma vez dentro do campo de ação do Sol: o transformador geonuclear reactivou-se e adquiriu uma temperatura constante, igual à temperatura exterior da estrela em torno da qual orbita. Penso que é cerca de seis mil graus Celsius. Esta integração no Sistema Solar interrompeu a solidificação do manto e, ao mesmo tempo, manteve a solidez do anel litosférico, que giraria a partir de então com o seu próprio movimento sobre o anel magmático. Grosso modo.

165 A produção constante de calor pelo Núcleo obriga a física a traçar entre o Manto e o Núcleo uma espécie de zona cromosférica, dentro do espaço da qual o próprio Núcleo pendula, e esta pendulação - sujeita às alterações da gravidade de que falei antes - provoca o achatamento dos pólos que o globo manifesta. (Neste sentido, a pendulação do Núcleo dentro do corpo geofísico depende da sua própria mecânica de produção de calor e da sua reação às ondas termonucleares na origem dos vulcões. Quanto à morfologia do núcleo, a reação do próprio corpo geofísico à sua ação pendular dá-nos algumas pistas. Mas isso será estabelecido mais tarde noutras bases).

166. É esta estrutura geofísica que nos leva a colocar a seguinte questão: Como é que a Terra liberta o armazenamento interno de calor que o anel litosférico origina? A resposta, mais do que teorias, exige factos, e bem, embora estejamos a falar de uma litosfera com um ângulo de rotação fixo sobre uma superfície magmática, o seu corpo é dotado de um complexo sistema de tubos de flutuação através dos quais o calor geonuclear é continuamente libertado. Falar de vulcões é falar de toda a dinâmica sismológica que acompanha a criação desta arquitetura geofísica, impressionante na sua manifestação e perfeita na sua execução. Agora: Porque é que as bocas do sistema de flutuação correm sobre os limites das grandes cadeias montanhosas?

167. A correspondência entre as linhas sismológicas e as linhas das grandes cordilheiras explica-se pela física da atração gravitacional, sobre cuja fenomenologia qualquer especialista pode esclarecer as dúvidas. E a objeção à arquitetura geofísica que a contínua subida de temperatura de uma litosfera sujeita à lei do Substrato Ecosférico Autónomo apresentaria, é varrida pela temperatura constante do fundo oceânico, graças à qual a superfície mais exposta da litosfera retarda essa subida natural, que sem este equilíbrio acabaria por fazer ruir este edifício de engenharia geofísica. Creio que os reactores nucleares utilizam esta mesma teoria para abrandar o aquecimento dos seus motores.

168.  Este sistema geofísico autónomo, que está na origem de tantas dores de cabeça, é completado por uma estrutura planetária sui generis, especial, esmagadoramente maravilhosa, cuja base tenho a honra de vos apresentar. Mas quero partir de um facto. Melhor ainda, de uma lei: a saber, se cada sistema astrofísico é um transformador da energia universal em luz e calor, a sua velocidade de funcionamento dependerá da densidade gravitacional do seu campo e do número de rotações por século da sua estrela. Isto de um sítio.

169. Por outro lado, é justo dizer que a velocidade sideral de um sistema - seja ele constelação ou galáxia - é uma constante deduzida das forças da região astrofísica a que esse sistema pertence. Por outras palavras, se o Sistema Solar não estivesse inter-relacionado com o Universo das constelações, a sua velocidade de cruzeiro dependeria exclusivamente da quantidade de energia do seu campo gravitacional. Sujeitando o Sistema Solar à lei da atração da gravidade entre os corpos do Universo, a própria lei nos diz que à medida que a distância entre as constelações diminui, a velocidade de cruzeiro dos sistemas estelares que as compõem deve logicamente aumentar. Este é um efeito universal do qual podemos inferir que, se a velocidade da estrela central, de cuja velocidade dependem os corpos mais pequenos de um sistema, for acelerada, todos os corpos dependentes da sua física sofrerão essa variação. De alguma forma, de alguma maneira.

170. E isto é relevante porque a questão não pode ser evitada ou posta de lado por causa de certos contextos, sobretudo quando a Evolução da Vida na Terra se abre a um complexo sistema de equações físicas sem cuja resolução o futuro da vida não poderia ser garantido. A nova questão que se coloca é: Como é que Deus impediu de antemão as possíveis alterações que, no futuro, e precisamente porque o nosso Sistema estava sujeito a esta lei universal, a Terra teria de sofrer? Para melhor compreendermos a questão, comparemos o nosso Sistema a um navio. Com efeito, se compararmos o Sistema Solar a uma nave em pleno vôo, o que se pretende saber é se essa nave foi dotada de um freio de segurança, ou se ela simplesmente fica à deriva no mar das constelações, exposta aos ventos gravitacionais e aos campos eletromagnéticos siderais.

171. Mas porque é que Deus precisou de dotar o Sistema Solar de um travão de segurança para manter estável a sua velocidade de cruzeiro é a pergunta oposta à anterior. E bem, penso que a necessidade é tão óbvia como a sujeição de todos os corpos do universo às leis que o regulam. Se as rodas aceleram, o chassis não acelerará ao mesmo tempo? Se o Sol põe o pé no acelerador, os planetas não sofrerão as consequências?

172 E em que medida essa hipotética aceleração afectará os transformadores centrais dos planetas e, sobretudo, o da Terra, uma vez descoberta a relação direta entre velocidade e calor? Mas e se agora a velocidade solar baixasse bruscamente por razões de interação eletrodinâmica à distância? Ou seja, será que Deus se esforçou por criar um Substrato Ecosférico Autónomo para o Plano Biosférico de Interrelação e depois expôs toda a Arquitetura Geofísica à destruição por um golpe de leme constelacional? Ele puxou linhas, deslocou continentes de um hemisfério para o outro, criou zonas quentes sismológicas, regulou a termodinâmica geonuclear, não deixou nada ao acaso, nenhuma ponta solta foi esquecida. E agora, quando a aventura da vida estava apenas a começar, iria ele deixar a nave solar à deriva nas correntes interconstelares? A necessidade de corrigir trajetórias no tempo, de controlar as variações no espaço e de governar a matéria por controle remoto, obrigou a Inteligência Criadora a dotar o Sistema Solar de um freio de segurança que mantivesse a velocidade de cruzeiro da estrela central dentro de uma faixa de máximos e mínimos. A questão é que tipo de travão automático deve um Engenheiro Astrofísico usar quando coloca um Sistema Solar em órbita. Claro que, se não soubermos a que tipo de sistema solar pertence, dificilmente conseguiremos encontrar a resposta. A resposta está mesmo à frente dos nossos olhos.

 

 

SEXTA PARTE - CRIAÇÃO DO SISTEMA SOLAR

 

 

 

A VERDADE GERARÁ A JUSTIÇA E O FRUTO DA JUSTIÇA SERÁ A PAZ.